Leituras VI
O segundo livro não ficcionado de Nick Hornby (o primeiro foi Fever Pitch, sobre a sua paixão sobre o futebol), que após a adaptação ao cinema do seu best-seller Alta Fidelidade passou a ser considerado um autor de culto. É o terceiro livro de Hornby que leio (além do Alta Fidelidade, li o Como Ser Bom e estou a ler actualmente Um Grande Salto ... sim, eu adoro a forma como Hornby escreve), pelo que as expectativas só podiam ser boas.
No fundo, estamos perante uma autobiografia que tem como cenário principal as canções que acompanharam (e acompanham) Nick Hornby ao longo da sua vida, mas ao contrário do que acontece normalmente nas autobiografias, não é a vida do autor que importa, mas sim as músicas em si mesmas,
Só podemos partir do princípio que as pessoas que dizem que o seu disco preferido de sempre lhes faz lembrar a sua lua-de-mel na Córsega, ou chihuahua da família, não gostam particularmente de música. O que eu queria acima de tudo era escrever sobre o que me levava a amá-las, e não sobre o que eu trazia a essas canções.
As 31 canções escolhidas por Hornby não podiam ser mais diferentes umas das outras, mas o resultado final da sua escolha também não poderia ser outro, porque nós não somos um só, cada momento tem o seu próprio reflexo na nossa forma de ser. Portanto, nem me interessa discutir o critério de escolha de Hornby, primeiro - e recorrendo a um cliché - gostos não se discutem, e segundo porque se a música é uma manifestação de sentimentos e sabendo que o ser humano não é monocórdico na sua forma de ser, é natural que Nelly Furtado surja ao lado dos Led Zeppelin.
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